quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Navegar é preciso, morar não é preciso.

Mais uma vez a Simone pergunta: “Então é Natal e o que você fez?”. Respondo: veja bem, meu bem, sinto lhe informar, vou te contar coisas que os olhos podem ver, mas só o coração pode entender... Então, senta aqui, não tenha tanta pressa!

Antes de continuar a leitura da postagem, volte ao título e leia-o, mas agora procure desviar do sentido literal. Título lido? Podemos conversar... Diferente da navegação e sua dependente precisão (exatidão nas coordenadas), o morar não é preciso. Ocupar espaços é externar subjetivismos infinitos, desnudar-se da última moda, fazer do seu lar não só o lugar que reside, mas a extensão do ser. Pois é, caro(a) leitor(a), o velho texto batido, o famigerado sermão que exorta a função do habitar.
Para contextualizar toda essa falação, elegi a reforma de uma área gourmet para exemplificar os conceitos acima. Na foto a seguir, é visível um espaço com identidade, visto que cada pedacinho tem um pouquinho dos moradores, eles curtem preencher o recinto. Dessa forma, meus serviços foram contratados apenas porque queriam sanar alguns pontos e trazer mais funcionalidade. Um dos pedidos, com intuito de aproximar a família e convidados de quem prepararia as refeições, era o balcão próximo à churrasqueira, pois facilitaria a interação de forma confortável. Outro fator era a coifa ineficiente (duto estreito, ausência de motor), não canalizava a fumaça e "defumava" a galera, nada legal. Por último, uma estante maior para a coleção de copos, canecas e tulipas de cerveja.




  • Abaixo imagens da área externa e da churrasqueira reformadas.


Meu papel neste projeto foi auxiliar na escolha dos acabamentos, cotar mão de obra e produtos e, por último, especificar a metragem do mobiliário. O restante foi trabalho dos próprios clientes, por livre e espontânea vontade: escolha das cores das paredes, do tipo de mobiliário e dos pequenos detalhes decorativos que mostrarei logo mais. Quando fui fotografar, tudo estava finalizado de forma tão harmoniosa que resolvi registar cada detalhe. Espia só a boniteza!  







Para fechar o ano com chave de ouro, fazendo uma reflexão do que se foi e do que virá, transcrição do poema "Seiscentos e Sessenta e Seis", publicado no livro Esconderijos do Tempo, autoria de Mario Quintana:

"A vida é uns deveres que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são 6 horas: há tempo...
Quando se vê, já é 6ªfeira...
Quando se vê, passaram 60 anos...
Agora, é tarde demais para ser reprovado...
E se me dessem - um dia - uma outra oportunidade,
eu nem olhava o relógio
seguia sempre, sempre em frente...

E iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas."







quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Arteiro JORGE ROBERTO EMILIANO

Picasso dizia que “toda criança é um artista. O problema é como manter-se artista depois de crescido”. Acredito que EMILIANO tenha descoberto uma maneira de alimentar sua criança travessa. Além de intitular-se “arteiro”, todo seu trabalho é feito para si. Essa liberdade de criação só pode ser fruto de um espírito livre, sem rótulos, amarras e convenções, puro e simples, tal como um menino rabiscando um papel. 

Sendo o mundo pequeno pra caramba, seguimos o mesmo caminho geográfico: Jorge Roberto Emiliano é meu conterrâneo, nasceu em Araçatuba, mas escolheu, tanto quanto eu, Bauru como sua cidade do coração. Coração este que, no peito do artista, bate numa frequência estimulada pelo ritmo da modéstia: ele não nomeia suas obras, consente que cada observador faça sua leitura particular, subjetiva. Assim, permite entendimento diverso da concepção intrínseca da obra. É nessa humildade transbordante que habita a grandeza de sua arte. Vamos conferir? 

Fotografei em agosto a exposição “Esculturas e Pinturas de Jorge Roberto Emiliano”, na Pinacoteca Municipal de Bauru - Casa Ponce Paz e selecionei algumas fotos para compartilhar com os leitores. Deste modo, fica fácil ilustrar que nas mãos habilidosas do arteiro, o que é visto por nós como lixo, transforma-se em arte.









Numa visita ao atelier do Emiliano, a "menina feliz" levou para casa a escultura abaixo e ficou mais feliz! Sim, a menina feliz, sou eu! É a forma que me chama... 


Gostou? Quer conhecer mais sobre o Emiliano e suas obras? Muito simples, acesse a página do arteiro no FACEBOOK. Aprecie sem moderação!

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Passado presente!

Embora os leigos compreendam como sinônimos de algo do passado, ou seja, nomes diferentes para definir uma mesma coisa, entendedores proclamam que termos como ANTIGUIDADE, VINTAGE e RETRÔ diferem entre si, cada qual com sua particularidade: antiguidade seria aquela peça que ultrapassou os 100 anos (mas há quem defenda que antiguidade está abrangida pelo conceito de vintage); vintage é um objeto mais recente que a antiguidade, produzido com alta qualidade em determinada época, em suma, é o oficialmente antigo; rétro ou retrô, como é mais conhecido, é a imitação do antigo, uma releitura de um estilo, porém o produto é novo: “Os produtos lembram os seus predecessores, mas, ao mesmo tempo, sua linguagem de produto não deixa dúvidas de que eles provêm da atualidade. De forma simbólica, são referências ao passado e ao presente.” (Beat Schneider). Ou seja, de forma sintética, o leigo tem razão, pois tudo se refere ao tempo que se foi, seja pela restauração do antigo ou através da reinterpretação do passado.

Toda essa lenga-lenga de dar nome aos bois foi só para denunciar o local de um crime: Mundo Retrô. Nesse galpão, os três nomes dos suspeitos envolvidos: a Antiguidade, o Vintage e o Retrô, qualificados anteriormente, cometeram um crime, estão sendo acusados de matar a Saudade do Tempo que Era Bom!

Nas fotos, uma amostra de memória afetiva, história e paixão que se pode encontrar na Mundo Retrô. Recordar é viver!










Caso não more em Bauru, você poderá visitar o site, curtir a página da loja no facebook e seguir no instagram. Agora, se mora na cidade do lanche, o endereço está logo abaixo. Boa garimpada!

Mundo Retrô:
(14) 3214-3583
Pátio da Oficina
Rua Julio Maringoni, 12-28 - Loja 5
Vila Samaritana, Bauru/SP

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Garrafa de cerveja, vejo flores em você!

Já faz um tempo que observo rótulos de bebidas, especialmente das cervejas. Alguns rótulos são tão bem-sucedidos, com harmonia de cores, formas e fontes, que tenho vontade de degustar mesmo não sendo a cerveja minha bebida predileta. Este efeito é provocado através do árduo trabalho do Designer de Rótulos de Cerveja, profissional responsável por destacar esse produto na prateleira. Não sabia? Pois é, um rótulo não é apenas um rótulo, tem como principais metas contar a história da cervejaria, posicionar a marca no mercado, exibir qual a essência da cerveja e instigar o consumidor através da criatividade. Por isso, vou homenagear essa área do design com aquela velha composição já batida e surrada, conhecida por todos: garrafa que vira vaso. Para tal, nada mais justo que deixar os lindos rótulos, frutos de muito estudo, bom senso, talento e inventividade, coladinhos na garrafa que será utilizada como vaso. Fazer uma boa cerveja ou um bom rótulo é uma arte!


Arranjo pra nenhum tomador de brêja, cérva ou cerveja botar defeito! 

Quanto às flores, alstroemeria DE NOVO! Figurinha carimbada na minha casa, amo mais que doce! 

Como este blog é democrático, incentiva o livre arbítrio, se você achou toda essa história do rótulo uma baboseira sem fim, não vê a importância do design, a arte não combina com seu estilo ou decoração e não quer fazer propaganda gratuita como eu... "Ranca" tudo, véi! Taca o pau e seja feliz! Na postagem "VIDRADA NO VIDRO" você encontra arranjos florais com potes e garrafas sem rótulos, só clicar!




terça-feira, 28 de julho de 2015

FAÇA VOCÊ MESMO: Prato para doce divertido!

Como a maré não está pra peixe, garoupa (nota de R$ 100,00) está quase em extinção na atual crise política, econômica, energética e hídrica, vamos ser criativos. Com pouco investimento pode-se alcançar ótimos resultados. E por isso, no “faça você mesmo” de hoje, vamos aprender a fazer um prato para doce onde o pedestal será um urso. Oi?! Sim! E vou provar para vocês que ele fica ótimo em mesa com decoração despojada ou sofisticada. Agora, se você não é da minha turma, não curte animal na decoração, servirá para a festa infantil do seu filho. 
Mas... se "queimar" uns reais não faz diferença, você pode comprar um pronto, estilo “Existe um mundo melhor, mas é caríssimo”, como esses pratos incríveis de porcelana italiana expostos abaixo: 


Agora, pare! Volte da ilha da fantasia, crave o pé no mundo real e anote os materiais para fazer o prato de doce. Sigam-me os bons!
  • Prato raso. Importante escolher um que tenha a base reta, facilitará a colagem. Comprei um da Duralex, Linha Opaline Blanc, 27cm de diâmetro, vidro temperado. Você pode optar por prato de plástico também.
  • Animal de plástico rígido. Coloque o prato em cima para ver se ele sustenta. Como encontrei urso somente pequenino, comprei 2, assim não corre o risco de tombar. Se for necessário, lixe o plástico, desgastando, para nivelar com o prato e aumentar a área de contato.
  • Tinta spray para plásticos, cor branca. Se quiser comprar prato e spray de outra cor... sinta-se em casa!
  • Cola apropriada. No meu caso, como colei o plástico no vidro, comprei a cola Epóxi, adequada para vários tipos de materiais. 
Por onde começar? Lavando o bichinho para retirar pó, impurezas e gordura. Após estar totalmente seco, prossiga com a pintura. Leia as instruções contidas na embalagem do spray antes de começar. Dê quantas demãos sejam necessárias para cobrir a superfície. Quanto mais "crespa", mais tinta consumirá, como no caso dos meus ursos do cabelo duro: 

Era uma vez dois ursos-pardos... 

...que se fantasiaram de ursos-polares com prato na cabeça!

Após pintar os animais, espere a tinta secar para poder colar no prato, respeite a quantidade de horas especificada no produto. Importante lavar o prato para retirar as impurezas e enxugar antes de colar. 

A primeira imagem (vista inferior) mostra como fiz a disposição dos ursinhos e na segunda, os pontos em que coloquei epóxi. Como essa cola é verde, depois que secou, foi necessário aplicar duas camadas de spray para esconder.

Pois bem, vamos ver as duas composições, uma mais irreverente, toda colorida, outra mais clássica e monocromática. 
  •  Despojada
Olha a estrela, nosso Prato de Bolo Urso do Cabelo Duro! Não fica uma graça? Cria minha, né... Lógico que vou achar o máximo!

Os "vasos": jarra e xícara de vidro. Esta última é a embalagem de uma marca de creme de avelã. Prova que tudo o que você tem em casa pode ser utilizado na decoração, exercendo nova função. Além disso, tem esse toco, que além de servir como base, ainda tem memória afetiva, era parte do centro de mesa do casamento da minha amada amiga e designer Marcela Hernandes Falsetti. 

Já deu pra perceber que eu adoro um animal de cerâmica ou porcelana, não importa qual bicho é, desde que seja bicho! Ao lado dos passarinhos estão as taças bico de jaca, cor âmbar, um curinga na decoração. Se você gostou delas, vou dar uma dica, se for de Bauru pode ir à loja física, caso contrário, pode comprar no site da MARTYE’S PRESENTES
Não dá pra ver direito, mas o "vaso" dessa foto é uma cremeira, também improvisando.

  • Mais para sofisticada: 
Composição mais clássica, sem exageros, mas não é por isso que não se pode ousar, provocar o riso. O bom humor faz bem para alma! 

Pra nenhum morador do Ártico botar defeito! Porque isso sim é ficar doce, querido urso! 
Aqui o toco que usei não tem a casca da árvore, presente no toco da decoração anterior, procurei evitar o rústico.  

Gostou? Essa BANDEJA ESPELHADA maravilhosa e essas TAÇAS PARA ÁGUA também são da Martye's Presentes e você poderá comprar pelo site. Uma beleza sem fim... 

Foto com foco no porta-guardanapo de pérola. Infelizmente, esse puro luxo, você só encontra na loja física. É uma L-O-U-C-U-R-A!

Para encerrar essa postagem mais que feliz, nada mais apropriado que uma charge. Divirtam-se! 


terça-feira, 30 de junho de 2015

ArtesãoNATO

Na contramão da industrialização e sua peculiar produção em série, o artesão atenta para a confecção original e exclusiva, transformando diferentes matérias-primas em objetos não apenas funcionais, mas artísticos: transfere, por meio das mãos, suas vivências e crenças, entrega-se de corpo e alma, algo que a automação nunca será capaz de imitar. 
Além disso, o trabalho do artesão distingue-se, também, da simples atividade manual. Para essa basta destreza e habilidade, para o primeiro é imprescindível criatividade, percepção artística, dedicação e qualidade no acabamento. Todo esse conjunto, essa somatória de requisitos, resulta na Oficina Singular, especializada em fofurices para casa e jardim, que traz no próprio nome a identidade: produtos marcados pela singularidade das formas, cores e funções! Cada peça tem sua particularidade, como se fosse propositalmente personalizada, única. Prontos para contemplar tamanho encantamento, queridos leitores e consumidores exigentes?


Galheteiro








Quem teve uma paixão súbita e repentina por essas lindezas pode adquirir as peças por meio da Loja Virtual e ficar por dentro das novidades curtindo a página da Oficina Singular no Facebook ou no seu Blog. Boas compras!